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A possível venda de Gérson expõe a dura realidade do futebol brasileiro durante a pandemia


quarta, 26 de maio de 2021

Os dois clubes mais ricos do país, Flamengo e Palmeiras, admitem a necessidade de vender jogadores


Gérson não está disposto a recusar o aumento salarial de 3,5 vezes mais do que recebe no Flamengo e, por mais que seu pai diga o contrário, foi o agente do jogador quem informou que haveria proposta do Olympique de Marselha. Falta formalizar a oferta, chegar a um acordo, mas a informação é que a distância entre os números conversados não é grande. É possível que Gérson deixe o Flamengo.

Há dois meses, o vice-presidente de finanças, Rodrigo Tostes, admitiu a necessidade de realizar perto de R$ 140 milhões em negociações. Não é exclusividade do Flamengo. O Palmeiras receberá Dudu de volta, deve contar outra vez com Deyverson, estuda a situação de Borja e pode subir sua folha de pagamento em 20%. No ano passado, com custo, diminuiu a folha em 30%.

Nem Flamengo nem Palmeiras têm culpa. A explosão do câmbio torna impossível concorrer com o mercado internacional. Há mais problemas.

Ainda não é certeza de que Borja voltará. Mas o Palmeiras admite que precisará vender jogadores se houver propostas. Atenção: se houver. Não chegaram ofertas nem por Viña nem por Rony.

Gérson é o melhor meio-campista do Brasil e será impossível repor sua perda indo ao mercado. Não há jogadores de seu status. É possível transformar João Gomes, contratar outros atletas, mas Gérson é um meio-campista único no Brasil. Joga no melhor time do país e tem 24 anos, diferente da realidade da Série A, onde brilham veteranos ou iniciantes.


Gerson pelo Flamengo é alvo de Gigante da Espanha

Foto: Alexandre Vidal/Flamengo


Por ora, não há certeza de que Gérson será vendido. Não chegou proposta do Real Madrid, não há ainda acordo com o Olympique de Marselha. Mas há a convicção de que os dois times mais ricos do país, Flamengo e Palmeiras, precisam vender.

É a dura realidade do futebol brasileiro.

Se houvesse vacina mais cedo, seria possível pensar em voltar pouco a pouco com público ao estádio, como na Inglaterra. Mas o Brasil não está vacinado para acabar com a covid e isto agrava uma velha doença do futebol brasileiro: a de ser apenas vendedor.




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